ENTREVISTA

 
 
"Entre os 4 e 8 anos,
gostava de brincar de
mocinho e bandido."
(Aldo Pereira)
Aldo Pereira

 
Como foi que você teve a idéia para escrever o livro Cris, a Carpa Dourada?
Leia comentário da Evelyn!
No começo, a intenção era só de criar uma brincadeira de "escadinhas" (veja o link no final da entrevista). Aí o texto foi espichando, espichando, e virou a história que está no livro. Para ilustrá-la, tive a sorte de interessar o artista Osnei F. Rocha. Ele criou para a história muitas imagens coloridas que embelezam o livro.

 
Este é seu primeiro livro publicado?
Sim.

 

Como foi que você escolheu o nome da Cris?
Como a carpa da história tem escamas douradas, veio-me à cabeça a palavra grega "chrysos", que significa "ouro".

 
Por que o gnomo da história se chama Olavo?
Gnomos são seres imaginados por povos do norte da Europa, como alemães, dinamarqueses, suecos, noruegueses. Naquelas regiões, Olaf (que em portugês preferimos dizer Olavo) é nome comum, até de reis e outros homens importantes. Olavo significa "antepassado". Nossos antepassados são os pais de nossos avós, os pais dos pais de nossos avós, e assim por diante (ou melhor, assim para trás).
O gnomo da história é muito velho, tem séculos e séculos de idade, e muita experiência de vida, como os avós em geral. Isto me fez pensar em "antepassado" e no nome com este significado.

 
Cris não pode fazer também uma "metamorfose" para virar gente? Uma menina?
Quem sabe? Por enquanto, ela está na lagoa, lembrando as aventuras que viveu e pensando se vale a pena, ou não, tentar outras mudanças, agora com mais cuidado.

 
Onde você nasceu?
Rio de Janeiro, RJ, mas vim ainda criança para São Paulo, onde tenho passado a maior parte da vida.

 
Do que você gostava de brincar quando era pequeno?
Entre os 4 e 8 anos, mocinho e bandido (influência dos filmes de aventura vistos no cinema do bairro em tardes de domingo; naquele tempo – imagine! – ainda não havia televisão, muito menos computador e Internet).

 
Desde quando você escreve?
Comecei a escrever na adolescência. Escrevia principalmente poesias e "crônicas" sentimentais para impressionar namoradas e meninas que eu queria namorar. Só virei profissional da escrita, de verdade, aos 24 anos, como jornalista da Folha de S. Paulo (que naquele tempo se chamava Folha da Manhã).

 
Que é que você já escreveu?
Nos primeiros anos de profissão, reportagens e artigos em vários jornais e revistas. Depois, mais de mil artigos em fascículos e outras publicações do grupo Abril, da Editora Melhoramentos e da Editora Globo, até alguns livros. Mas sempre de encomenda, nada que fosse propriamente criação minha. Cris é o primeiro livro propriamente de minha autoria.

 
Você tem filhos?
Sim, mas só adultos; minha neta mais jovem tem 14 anos.

 
Você já leu algum livro de Harry Potter? O que achou?
Tenho uma lista de 27 livros que pretendo ler até o fim de 2001; o primeiro da série "Harry Potter" está em 18º lugar. Como disse, minha especialidade nunca foi ficção infantil. Agora, diante da aceitação encorajadora de Cris, sinto aumentar meu interesse em escrever outras histórias e, antes, ler o que fazem outros autores do gênero.

 
Qual será seu próximo livro? Do que ele fala?
No momento, tenho compromissos de produção de material didático para professores e estudantes. Depois, vou pensar sobre o que poderei, saberei e desejarei fazer na ficção infanto-juvenil. Muitos leitores e professores têm sugerido novas aventuras de Cris. Veremos.

 
Algum recado para as crianças ligadas no Divertudo?
Obrigado por terem vindo. E parabéns. Quem visita sites como Divertudo busca não apenas diversão, mas também saber. É na companhia de gente assim – não importa a idade – que eu me sinto à vontade.

 

Outubro de 2000


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