O rio e o mar
Evelyn Heine |
O Sr. Rio e o Sr. Mar, que todo dia se encontravam, ficavam ali, naquele chove-não-molha, contando vantagem um para o outro. | |
— Sabe, Mar — dizia o Rio — hoje eu passeei tanto, mas tanto, que estou até cansado! Vi uma porção de coisas lindas no caminho. Árvores sacudindo ao vento, crianças brincando e rindo, homens pescando bem sossegados... | — Que bom para você! — respondia o Mar. — Pois eu fiquei aqui mesmo, no meu lugar, sem passear. Fiquei brincando de vai-e-vem, de cambalhota, de molhar a areia... De agitar e de acalmar. |
— Mas, puxa! — disse o Rio. — Será que você não se cansa de ficar a vida inteira aí parado, sem poder se mandar pra nenhum lado?
— Eu, não. — respondeu o Marzão. — Sou tão grande, tão enorme, que não posso me mexer. Mas eu nem ia querer. Conheço o mundo todo, mais lugares que você. | |
O Rio, mesmo assim, continuou:
— Prefiro mil vezes ser pequeno e andar por aí, rasgando o mapa. Ninguém me segura no lugar. Só mesmo os homens com aquelas barreiras, podem me represar. |
— Pois é... — aproveitou o Mar. — quero ver homem pra me segurar...
Com essa, o Rio se calou, apressado para seguir seu caminho. |
Já indo embora, ele gritou:
— É, Marzão, você até que tem razão. Cada um com o seu jeito... não é, não? E o que importa é viver bem, com a vida que se tem! |
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