Vinha pela rua, a dona Francisquinha.
Devagarinho, passo a passo, ela vinha.
De repente ela para, assustada, e diz:
- Pra onde estou indo?
Olha para um lado, olha para o outro. Lembrou-se!
- Pra mercearia!
Foi seguindo, a dona Francisquinha.
Devagarinho, passo a passo, ela ia.
Na mercearia, olhou para um lado, olhou para o outro e falou:
- O que eu queria?
Batata, banana, farinha... O que seria?
Ah, lembrou-se a dona Francisquinha:
- 300 gramas de linguiça.
Pacote na mão, foi seguindo a dona Francisquinha.
Passo a passo, devagarinho, sempre em frente, ela ia.
Agora, pra farmácia. Ela sabia.
Não precisava lembrar se precisava de sal de frutas ou aspirina. A letra esquisita do médico, o farmacêutico entenderia.
Tinha a receita na bolsa, guardadinha.
Remédio comprado, saiu da farmácia a dona Francisquinha.
Foi seguindo devagarinho, passo a passo, pra onde ela ia?
Para a praça!
Descansar um pouquinho.
Em um banco, sentada, olhando para um lado, olhando para o outro, ela sorria.
A menina corria atrás do cachorro. O cachorro corria atrás da bola. E a bola… corria.
- Que tarde!, pensou a dona Francisquinha.
Levantou-se. Direto pra casa, devagarinho, passo a passo, ela iria.
Em casa, tomou o remédio, comeu satisfeita a linguiça, deu uma zapeada na tevê, fez um afago na gatinha.
Olhou para o relógio na parede:
- Melhor ir para a cama!
Estava cansada, tanta coisa tinha feito, até que tinha rendido bem o dia.
E amanhã, o que faria?
Seguiria devagarinho, passo a passo, ela sabia.