BILIDEQUIDE
(Parte II)
Evelyn Heine
Muito bem. Estamos de volta ao velho oeste.
Nossa história continua da parte em que o pistoleiro Bilidequide foi levado para o xerife pela encantadora Beth Rebolante.
Você deve estar
lembrado que era tudo uma armação entre Bili e Beth para conseguir a
recompensa de mil moedas de ouro... que o xerife mentiu que tinha.
Pois bem. Se não está lembrado, agora você ficou sabendo.
Ali estava Bilidequide, louco da vida, vermelho como o sol do Alabama, com a arma apontada bem para o nariz do xerife mentiroso.
– Você vai ver com quanto furos se faz uma peneira! – disse Bili.
– N-n-não, p-por favor... eu tenho família. – disse o xerife, tremendo.
– Melhor ainda! – riu o caubói. – Eles terão um a menos para dividir a pizza de sexta-feira.
Mas Beth, que era uma moçoila esperta, chamou Bili e cochichou em seu ouvido, com voz aveludada.
– Pare com isso, querido, você não vê que temos um tesouro nas mãos?
– Não, – respondeu Bili – só vejo este "Pinóquio"... e não vai dar tempo de seu nariz crescer. Ah, ah!
– Espere, Bili! – disse Beth – Ele não tem as mil moedas de ouro, mas pode consegui-las facilmente...
E foi assim, em Paiacity, que, num mesmo dia, um xerife assaltou o banco, a diligência, duas farmácias e cinco supermercados.
Bili e Beth ficaram milionários e deram uma festança que ninguém no oeste jamais esqueceu.
E a cidade, claro, precisou arranjar outro xerife mais honesto.
MORAL DA HISTÓRIA
1.
Mentira tem perna curta.
(isso você já sabe)
2.
A gente não pode confiar
nem em xerifes.

FIM

 
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