CARECA
Evelyn Heine |
Cada
dia mais careca. Ela não sabia mais o que fazer.
Já tinha tentado todos os produtos milagrosos dos comerciais de tevê. Passou ovo com gelatina na cabeça. Dormiu com toca bem apertada. E não adiantava nada. Dia de ventania, então, que tristeza! Onde estava aquela linda cabeleira de antes? Aquele charme todo, balançando com a brisa da tarde? Aquela beleza natural que todos admiravam? Que mundo cruel! |
Um
certo dia, viu sua imagem refletida no rio.
Que coisa pavorosa! Que cena horrorosa! Estava totalmente, completamente... CARECA. Nada mais para balançar ao vento. Nada mais para cair. |
Então,
querendo esquecer seu problema, olhou para o lado.
– Minha nossa! – falou, assustada. – você também está careca! E a vizinha respondeu: – Mas você não reparou? Todas nós estamos! – Então deve ser uma epidemia, algum vírus que se espalha... – deduziu. |
E
a vizinha, achando graça, disse logo:
– Que epidemia o quê, sua boba... é só o outono, querida! E todas as árvores deram risada. |
FIM |
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Será
Ilusão? |
Como
se faz? |
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