ENTREVISTA

 
 
"Gostaria muito que os amigos do Divertudo me mandassem sugestões. O mais gostoso nesta história de escrever para crianças é justamente o
diálogo com elas."
(Raul Drewnick)

 
Quantos livros você já escreveu?
Tenho dez livros publicados e mais quatro ou cinco em editoras, aguardando publicação.

 
Como foi que você teve a idéia de escrever "Um inimigo em cada esquina?
Tive a idéia de escrever "Um inimigo em cada esquina" em 1993, como uma mensagem de esperança. Na época, ainda parecia haver salvação para o menor abandonado e minha visão do problema era idealista, quase romântica. Hoje, infelizmente, se eu fosse escrever o livro, ele seria bem mais amargo.
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Quanto tempo levou para escrevê-lo?
Levei quatro meses para escrever "Um inimigo em cada esquina". Como foi minha primeira experiência nessa área de livros para a juventude, precisei contar com a inestimável orientação de Carmen Lucia Campos, editora da Coleção Vaga-Lume, da Ática.

 
Todos os seus livros são para a mesma faixa etária?
Tenho dois livros que são mais para adultos, dois para a faixa entre os
oito e os doze anos e seis para o público juvenil (entre doze e
dezesseis anos).

 
É verdade que você já quis ser jogador de futebol?
Uma de minhas frustrações foi não ter sido jogador de futebol – eu era
melhor nos chutes e dribles do que sou hoje nos parágrafos e capítulos. Mas conservo a velha paixão pelo futebol como torcedor.

Para que time você torce?
Sou desvairadamente corintiano.

Você já escreveu algum livro sobre futebol?
Tenho um livro sobre futebol – "A grande virada", Coleção Vaga-Lume, 1999 – e mais um, já escrito – "O fantasma do goleiro" –, que espero ver publicado brevemente. 

 
Qual o livro que mais te marcou na infância?
O livro que mais me marcou na infância e me empurrou para a carreira de escritor foi "A comédia humana", de William Saroyan.

 
Você gostaria que as crianças do Divertudo mandassem sugestões de temas ou histórias para você?
Gostaria muito que os amigos do Divertudo me mandassem sugestões. O mais gostoso nesta história de escrever para crianças é justamente o
diálogo com elas. Isso sempre recarrega minhas pilhas e me dá a sensação de que estou fazendo alguma coisa importante. Na avaliação de um livro, o sorriso de um jovem costuma ser mais expressivo e gratificante do que mil palavras de um leitor adulto.
Um abraço a todos, do Raul.

 
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Março de 2000


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