ENTREVISTA

Rosa Rito "O livro foi a materialização de um sonho que nem eu mesma sabia que sonhava."

(Rosa Rito)
Ver o livro na livraria
Quando e como você teve a ideia de escrever o livro "Felipe, o menino cientista"?
Quando os amigos do meu filho, de oito anos na época, iam brincar em casa, uma das maneiras que eu encontrava para mantê-los concentrados na hora do lanche era contando histórias.
Eu ficava inventando situações muito malucas e esdrúxulas e eles adoravam.
Um dia, uma das mães desses amiguinhos quis saber o nome do livro de onde eu tirava essas histórias porque seu filho voltava para casa repetindo-as, todas, entusiasmado.
Quando eu disse que eu as inventava conforme a minha imaginação fluía, ela me perguntou se eu já tinha pensado em colocá-las no papel.
Na verdade, eu nunca havia pensado nisso, mas fiquei com a ideia na cabeça até o dia em que resolvi publicar essa primeira história.
Os personagens são baseados em pessoas que você conhece?
Sim, a maior parte deles. Felipe era um dos amiguinhos de classe do meu filho. Ele é retratado na história quando menciono seus enormes olhos azuis, pura realidade, e o apego que tem aos livros. Ele realmente adora ler. Seus brinquedos são livros. E o personagem Rodrigo é o espelho do meu filho. Ele tem muita facilidade com a matemática e é apaixonado por futebol... eu diria fanático. E tem pintinhas somente de um lado do rosto, exatamente como descrevo no livro.
Você sempre conta histórias para o seu filho e outras crianças?
Sim, adoro ver as crianças imaginarem os personagens que invento. Cada um tem uma história própria baseada nas suas características individuais e únicas. Ao contar as histórias, percebo, pelos olhos das crianças, que elas visualizam em sua mente o personagem e as cenas descritas. Um desses personagens é a menina do cabelo até o chão, que, espero, também vire um livro no futuro. As crianças perguntam: “Até o chão mesmo?“.

De onde surgem suas ideias?
Primeiro, eu penso no personagem, em uma característica dele e, a partir daí, desenvolvo o enredo. Felipe, por exemplo, adora ler e é vidrado por ciências. Ao ler, aprende, ao aprender, cria, e, bem, não vai faltar invenção para esse menino “detonar” com a turma da classe. Daí, a história “Felipe, O Menino Cientista”. A importância de focar nos personagens está no fato de eu poder enfatizar e mostrar a diferença entre as pessoas, cada um de um jeito, com um ponto forte ou um talento realçado. Bom motivo para tratar da aceitação pela diversidade.
Conte um pouco sobre a sua história, sua carreira...
Bem, eu sou formada em Administração de empresas com habilitação em Comércio Exterior e em Letras. Atualmente, trabalho em uma grande empresa do ramo financeiro e considero-me realizada. A segunda profissão veio da emoção, do coração, ou seja, eu precisava explorar o meu lado criativo. E o livro foi a materialização de um sonho que nem eu mesma sabia que sonhava.
Qual foi seu livro preferido, quando era pequena?
Também, eu achava os livros indicados muito cansativos. Na época, o meu primeiro contato foi com obras de Aloísio Azevedo, Machado de Assis e Raul Pompéia, autores famosos, livros que, digo, eu não estava preparada para ler naquele momento.
Por isso, acredito e defendo que os primeiros livros devem ser leves e divertidos para que, aos poucos, as crianças possam aprender a apreciar a leitura até chegar aos grandes escritores e suas obras.
Ver o livro na livraria Voltando a sua pergunta, o livro que despertou meu desejo pela leitura chamava-se "A Oitava séria C", leve e divertido. Mas, os dois livros que mais me marcaram foram: "O Mulato" de Aluísio Azevedo e "1984" de George Orwell.
Como você tem divulgado o livro?
Divulgar um livro não é tarefa fácil. Primeiro, eu escolhi uma editora que já contasse com uma rede de distribuição pronta. E, contando com esse suporte, o livro foi lançado na XV Bienal do Livro do Rio de Janeiro – em Setembro e na Livraria Martins Fontes-Paulista em Outubro, ambos em 2011.
Atualmente, tenho divulgado o livro através de doações a escolas, a bibliotecas, a consultórios médicos e odontológicos (pediátricos), e através de eventos que tenho a oportunidade de participar, Tenho a honra de dizer o que “Felipe, O Menino Cientista” foi o primeiro livro doado à Biblioteca-parque da Rocinha, cuja inauguração está prevista para Fevereiro 2012, e que começará com um acervo de 25 mil livros.

Recomendo a visita à página do livro no Facebook, onde coloco dicas para a garotada e para os pais.
É isso aí. Beijo e obrigada.

Março de 2012


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